terça-feira, 14 de maio de 2013

Contraste

O contraste é uma força de oposição à constante busca humana por harmonia. Nenhuma das técnicas visuais para o controle de uma mensagem é mais importante que o contraste, pois ele desequilibra, choca, estimula, chama a atenção.

É percebido quando há dessemelhança acentuada entre dois elementos, com vantagem para um deles. Os elementos contrastados aumentam sua força expressiva.


Técnicas para criar contraste na composição
  • Escala: se quisermos que alguma coisa pareça claramente grande, basta colocar uma coisa pequena perto dela.
  • Tom: uso da variação entre claro e escuro para intensificar o que é iluminado ou sombreado.
  • Cor: trabalho com o peso da cor na figura, para intensificar uma ideia.
  • Forma: se o objetivo for atrair a atenção do observador, a forma regular e simples é dominada pela forma irregular, imprevisível. Ao serem justapostas as linhas desiguais (retas x orgânicas) intensificam o caráter único de cada uma.
  • Textura: O contraste de texturas é interessante ao olho humano, mesmo que não haja variação de cor. Em termos básicos, nossa compreensão sobre o liso é maior é mais profunda, quando comparamos ao áspero e rugoso.

Ênfase e Neutralidade

Pensando sobre técnicas de criação de contraste, é importante pensar sobre como o destaque pode ser dado a certos elementos da composição a partir da comparação dos extremos ênfase/neutralidade.
Veja o que Donis A. Dondis nos fala na página 161 de seu livro "Sintaxe da Linguagem Visual":

Clique na imagem para vê-la ampliada.


Veja aqui a apresentação que mostrei pra vocês em sala de aula
http://pt.slideshare.net/angelicaferraz/composio-uso-do-contraste


Exercício de contraste dado em sala de aula
Desenvolver 5 composições trabalhando as TÉCNICAS DE CONTRASTE na folha A4:
  1. Escala (preto e branco)
  2. Forma (preto e branco)
  3. Textura (preto e branco)
  4. Tom (preto e branco)
  5. Cor (recorte de revista com cores impressas)
  • VERSO: Nome, turma, data, tipo de técnica
  • As composições devem ser ABSTRATAS, ou seja, não usar referências figurativas.
  • Usar FORMAS GEOMÉTRICAS, orgânicas e/ou linhas.
  • Preto é preto, não é cor de grafite, nem cinza.
  • Avaliado: Alcance de objetivo, criatividade e acabamento.

segunda-feira, 6 de maio de 2013

Ponto, linha e plano

São os elementos básicos da composição mais importantes, pois suas variações e combinações resultam em todas as outras formas de expressão usadas na composição, a exemplo: imagens, ícones, texturas, padrões, diagramas, animações ou tipografias.

O ponto
  • Representa uma posição no espaço, uma coordenada x e y.
  • Pode ser uma manchinha ou um foco de força concentrada.
  • Em tipografia o ponto indica o fim de linha. 

A linha
Uma linha é a trilha deixada pelo ponto em movimento... Ela é criada pelo movimento – mais especificamente, pela destruição do repouso, intenso e ensimesmado, do ponto. (Wassily Kandinsky)
  • É uma série infinita de pontos, um trajeto, o ponto em movimento.
  • Geometricamente tem comprimento, mas não tem largura e quando atinge uma certa espessura, forma um plano.
  • Pode ser percebida no limite entre objetos e/ou planos.
  • Sua presença visual se determina pelo peso, textura e trajeto, por isso, suas características são muito importantes. Podem ser retas, curvas, contínuas, tracejadas.
  • Nos gráficos, as linhas representam as variações de informação.
  • Em layouts – especialmente os tipográficos – são subentendidas ou imaginárias.
  • Linhas giram e multiplicam-se formando planos

O plano 
  • É uma superfície contínua que se estende em altura e largura.
  • Uma linha se fecha gerando uma forma, um plano delimitado.
  • Tetos paredes pisos e janelas são planos físicos.
  • É o trajeto de uma linha em movimento.
  • Pode ser sólido ou perfurado, opaco ou transparente, rugoso ou liso.

EXERCÍCIO: abstração de imagens

Olá, segue a apresentação com as imagens que usei no exercício em sala.

http://www.slideshare.net/angelicaferraz/abstracao-imagens

Figurativo e Abstrato

Pessoal, segue link para reverem o vídeo sobre figurativo e abstrato que vimos em sala de aula.

http://www.youtube.com/watch?v=ehpEBhwZAho


Conceitos básicos em composição visual

O que é composição visual?
A composição é a organização ou arranjo dos elementos em um espaço determinado.
Todos os trabalhos de arte visual são composições, e para compreender esta linguagem é preciso compreender seus elementos e fundamentos.

O que é linguagem?
A linguagem é um recurso de comunicação, que utiliza as capacidades humanas de pré-visualizar (ideias, pensamentos, argumentos), planejar (processos, técnicas verbais, expressivas e visuais)
e demonstrar informações (fala, expressão, produto e imagem).

O que é layout?
É o arranjo de elementos de um design em relação ao espaço que eles ocupam e em conformidade com um esquema estético geral.  Podemos chamá-lo de gestão da forma e do espaço.
O objetivo principal de um layout é apresentar os elementos textuais e visuais de forma que o leitor os receba com o mínimo de esforço. Em um bom layout, o leitor navega por informações bastante complexas sem sentir dificuldade para encontrá-las.

Bibliografia

Olá! Segue a lista de livros que indico para a pesquisa de vocês nesta disciplina.
Uso conteúdo de todos eles, mas alguns abordam os  princípios de forma mais teórica, outros com mais exemplos práticos.


  • “Sintaxe da linguagem visual”, de Donis A. Dondis [tem na biblioteca!]
  • “Novos fundamentos do design”, de Ellen Lupton e Jennifer Cole Phillips [tem na biblioteca!]
  • “Gestalt do objeto”, de João Gomes Filho [tem na biblioteca!]
  • “Layout: o design da página impressa”, de Allen Halburt [tem na biblioteca!]
  • “Layout”, de Gavin Ambrose e Paul Harris
  • “Formato”, de Gavin Ambrose e Paul Harris [tem na biblioteca!]
  • “Da cor à cor inexistente”, de Israel Pedrosa [tem na biblioteca!]
  • “O universo da cor”, de Israel Pedrosa [tem na biblioteca!]
  • “Psicodinâmica das cores em comunicação”, de Modesto Farina
  • “A cor como informação”, de Luciano Guimarães
  • “O que é semiótica”, de Lúcia Santaella
  • “Pequeno dicionário de ideias afins”, de Sargentim